Abrindo um vinho

Todo champanhe é espumante, mas nem todo espumante é um champanhe!

Por Bruno Airaghi.

Nesta edição vamos tratar de uma bebida que remete à celebração, já dizia alguém na história que na vitória é merecido e na derrota é necessário… abrir uma garrafa!

Clube Paulistano - Vinho Pinot Rose

Os diferentes níveis de doçura que a bebida borbulhante apresenta definem sua nomenclatura, como espumante demi-sec ou extra brut, e garantem sua versatilidade permitindo que todos os sentidos sejam aguçados, mesmo em momento de descontração.

Isso porque, para que um vinho seja considerado espumante, é necessário que apresente carbonatação, ou seja, presença de gás carbônico, gerando as borbulhas conhecidas pelo famoso nome de perlage, proveniente da refermentação da bebida, da qual trataremos mais adiante.

Sua finalização consiste em retirar os resíduos de leveduras e adicionar o licor de expedição para classificar os espumantes de acordo com a quantidade de açúcar dissolvida no líquido.

Ressaltando, licor de tiragem é para gerar borbulhas (açúcar + leveduras), e o licor de expedição é para dosar a doçura no nosso paladar (somente açúcar, sem leveduras).

Após a adição do licor de tiragem, o vinho sofre a segunda fermentação, em tanques pressurizados, e não nas garrafas, mas sim nestes tanques, para só então ser engarrafado e consumido (processo Charmat).

Em geral, os produtos originados não permanecem muito tempo em contato com as leveduras, pois o objetivo é manter as notas frutadas.

Clube Paulistano - Vinho Pinot Rose

No Brasil, temos uma classificação bastante semelhante (tabela acima), porém, com algumas diferenças sutis na quantidade de açúcar permitida em cada uma delas pela legislação.

Dada essa breve pincelada sobre espumante, nosso personagem aqui é o Rivani Espumante Rosé Extra Dry. Trata-se de um Pinot Spumante Rosé Extra Dry das uvas Pinot Bianco e Pinot Nero.

As uvas são suavemente prensadas para obter o mosto. A fermentação, graças à ação das leveduras, transforma o açúcar em álcool e outras substâncias que desempenham papel importante na estrutura do aroma e do vinho, e toma lugar em tanques de aço inoxidável com temperatura controlada entre 16 °C e 18 °C.

Quando a fermentação é concluída, segue-se o processo de produção de vinho espumante, de acordo com o método Charmat explicado anteriormente.

Esse espumante é da região do Trivêneto ou da expressão Três Venezas que começou ser usada por alguns círculos culturais, na segunda metade do século XIX na Itália, a área geográfica constituída pelas regiões do Vêneto, Trentino-Alto Ádige e Friul-Veneza Giulia, situadas no nordeste do país.

O Rivani é recomendado para refeições ligeiras feitas de peixe e carnes brancas. Ideal como aperitivo e pode ser apreciado em qualquer ocasião.

Temperatura de serviço 8 °C a 10 °C, com embalagem diferenciada, elegante, com certeza vai agradar. Somente para concluir, a frase citada no início é atribuída a Napoleão, no caso com Champagne!

Salute!

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