Contra a crise, parcelamento
A pandemia do novo coronavírus trouxe enormes desafios à sociedade. Globalmente, gera crises não apenas na área da saúde, mas na econômica. Desde a formação do quadro adverso, a Diretoria do Paulistano estuda formas para amenizar dificuldades financeiras de seus associados durante a pandemia. Procurou medidas com intuito de evitar desligamentos dos sócios e encontrou, no parcelamento, ferramenta eficaz
Números demonstram o acerto da Diretoria ao concentrar seus esforços e os recursos do Clube no atendimento a associados mais afetados financeiramente pela crise, propiciando-lhes horizonte maior de tempo para que possam se reorganizar.
O Paulistano dilatou o prazo dos parcelamentos para fevereiro de 2022, com redução da taxa de juros sobre eles incidente para 0,5% ao mês. Como consequência, o número de parcelamentos concedidos cresceu significativamente.
Foram 309 parcelamentos em 2016, 295 em 2017, 266 em 2018 e 254 em 2019. Em 2020, até 30 de setembro, 477 pedidos acabaram atendidos. Ainda se ofereceu ao sócio a opção de parcelar, em seis vezes, 50% do valor das contribuições sociais nos meses de abril, maio e junho de 2020.
A iniciativa teve aceitação relevante, de 904, 656 e 662, respectivamente. Outro crescimento importante está no índice de readmissões de associados eliminados por inadimplência.
Segundo o Estatuto do Clube, o sócio tem até 120 dias para equacionar seu débito e retornar ao quadro associativo. Graças a redobrado esforço de parcelamentos, 2020 apresenta o maior percentual de readmissões dos últimos cinco anos.
Em 2016, dos 43 eliminados, 15 foram readmitidos, número equivalente a 34,88%. Em 2017, verificaram-se 43 readmissões (63,44%), em 2018, 27 (45%), e, em 2019, 44 (62,88%). Até 30 de setembro de 2020, 48, ou 67,61%, dos 71 eliminados acabaram readmitidos.
Como resultado da atual política do Paulistano, o montante empregado no financiamento dos parcelamentos aumentou de maneira significativa de R$ 294.162,79, em 31/12/2019, para R$ 1.985.103,72, em 30/9/2020.
É importante ressaltar, entretanto, que a inadimplência no pagamento mensal do parcelamento por parte dos sócios tem sido baixa, dentro do padrão histórico do Clube, de 4%.