Abrindo um vinho

Ciao, Ciao Bambina… Ou Bombino!

Por Bruno Airaghi.

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Volare nel blu di pinto di blu… Até hoje essa canção atravessa continentes e foi uma das mais marcantes da década de 1960 na majestosa interpretação de Domenico Modugno, italiano natural de Polignano al Mare, região da Puglia. Por que agora em vez de abrir um vinho, ficamos saudosistas ao lembrar um grande nome da música italiana e sua canção, quase patrimônio musical da humanidade?

Mais uma vez o vinho se faz presente com uma casta que provém da Puglia, província de Bari, e o rótulo em questão enaltece a cidade litorânea de Polignano al Mare.

O núcleo mais antigo da cidade fica sobre um complexo rochoso voltado para o Mar Adriático a 33 km ao sul da capital, de mesmo nome que a província pequena, com população ao redor de 18 mil habitantes.

A. Mare é um vinho rosé elaborado, aqui também surge outra curiosidade em termos de uva, a partir da Bombino Nero, proveniente de vinhas da região de Castel del Monte, lar dos vinhos de altitude da Puglia, destaca-se pelo seu equilíbrio e frescor.

Nos aromas, extraímos frutas vermelhas frescas, como morangos e framboesas, com caroço, como pêssegos, cítricas, como tangerinas, além de notas florais, como rosas e violetas.

Com 12% GL de álcool, não passa por madeira. As uvas Bombino Nero escoam sua cor para o vinho muito rapidamente, antes dos taninos amargos, resultando em rosé fresco, macio e bem colorido.

Existem duas teorias sobre o nome interessante de Bombino. Sugere-se que se relacione com os cachos da variedade, que parecem uma criança pequena com os braços estendidos – também chamada de Bambino na Puglia.

A segunda, talvez mais plausível, é que bombino signifique “pequena bomba”, novamente em referência aos densos cachos da variedade.

Este vinho rosé é bom parceiro com antepastos, entradas leves, como saladas, carpaccio, cozinha japonesa, como sushi e sashimi, pescados e frutos do mar, além de queijos de massa mole, como os de cabra.

Não poderia encerrar o artigo sem mencionar alguns feitos da carreira de Modugno, assim: venceu quatro vezes o Festival de Sanremo e três prêmios Grammys, como canção do ano, melhor interpretação e melhor disco.

Nos anos 1980 por problemas de saúde se retirou do mundo artístico falecendo em Lampedusa, em agosto de 1994.

Salute nel blu!

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