Abrindo um vinho

As origens nos levam aos orgânicos… Inclusive no vinho

Por Bruno Airaghi.

Vivemos, caros leitores, além do “novo normal” imposto pela pandemia, num mundo que já despertou para uma nova ordem: o meio ambiente e sua preservação. Lembrando que estamos no planeta Terra e viver em Marte ainda é um sonho em noite de verão, vamos cuidar deste enquanto é tempo.

Neste contexto, o mundo do vinho também tem sua participação, visto que lida com o terroir (clima, solo, homem). Algumas ou várias vinícolas têm a missão de fazer vinho da maneira mais correta respeitando a natureza e oferecendo um produto que exprima toda sua alma de origem, suas raízes.

O vinho desta edição provém do Chile, Casablanca, uma comuna da província de Valparaíso. A Emiliana Organic Vineyards é considerada a maior vinícola orgânica do mundo, produzindo vinhos com caráter e personalidade únicos, com a máxima expressão do terroir.

Todo o trabalho é marcado por elevados padrões de produção que se refletem em seu extenso portfólio de vinhos sustentáveis, orgânicos e biodinâmicos, apontando para um único conceito: a excelência.

Tudo isso sob uma filosofia de “harmonia entre a alta qualidade dos vinhos e o respeito ao meio ambiente”. Assim, a vinícola visa atender um novo consumidor global que valoriza o puro e o respeito pela natureza, sem se descuidar da qualidade.

O vinho é um branco da casta Chardonnay, rotulado como Novas, produzido exclusivamente com uvas orgânicas e biodinâmicas, colhidas manualmente.

A fermentação é feita em cubas de aço inox e o amadurecimento dura quatro meses, sendo 16% em barricas de carvalho francês e 84% em tanques de aço inoxidável. Harmoniza bem com ravióli de ricota ao molho pesto, queijo de cabra, arroz de pato, entre outros.

A Emiliana reúne certificações internacionais que atestam o compromisso com a produção sustentável, respeitando o meio ambiente, para os trabalhadores e para a comunidade. Estão, como dizem, fazendo sua parte!

Sobre o vinho, tem um perfil com aromas de frutas cítricas, notas minerais e toques defumados e tostados. No paladar, apresenta médio corpo, taninos firmes, ótima estrutura e final persistente. Premiado em 2008 com 90 pontos de Robert Parker, famoso crítico americano e influenciador no mundo do vinho.

Recomendo degustar uma taça deste branco, sabendo que as práticas adotadas seguem a nova ordem de sustentabilidade e refletindo um pouco sobre esta frase: “olhe profundamente para a natureza, e você entenderá tudo melhor”!

Salute!

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